
-Abertura: quem foi o jeca que teve a ideia de fazer aquela abertura com texto piegas e locutor de convenção de vendas? Parecia tudo: a entrega do Oscar, ou a premiação da Votorantim. Menos um festival de música. Sua avó deve ter achado lindo.
-Milton Nascimento: já ficou para história como o pior assassinato musical das últimas décadas. Sem um décimo da voz de Freddie Mercury e com animação de tiozão em dia de exame no geriatra, Milton soterrou “Love of my life”, do Queen. Colocar Milton para emular o vocalista do Queen equivale a chamar a Mallu Magalhães para imitar Ella Fitzgerald.
-Claudia Leite: ok, podem chamar cantora de Axé para o festival. Mas deixar a infeliz fazer cover de Chico Science, já é um pouco demais.
-Entrevistas: se faltava rock no palco, faltava cérebro nas áreas vips. As entrevistas da TV envolviam só gente “entendida” em música, como Ana Maria Braga (falando com a língua enrolada, não sei se por bebida ou por excesso de botox) e Suzana Vieira, que queria ver o Red Hot Chilli “Pop” (SIC). E para abrilhantar, teve a Cristiane Torloni manguaçada. Nem em churrasco “de firma” vi tanta bola fora.
-Assaltos: em dois dias já se acumulavam mais de 100 boletins de ocorrência. E a empresa de segurança fazendo cara de paisagem. Lembrando: este é o país que vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, ok?
-Odor: fãs ficaram incomodados com o inebriante odor dos banheiros. Pior que isso só o show do Ed Motta.
Se algum dos shows prestou? O único que eu gostaria de ver: Mike Patton cantando música italiana com a orquestra de Heliópolis. O resto é pipocão para as massas. Nada contra, mas pagar para tomar pisão e ver Rihanna eu não acho um grande negócio.
Qual é o resumo disso? sei lá. Só sei que se Cauby Peixoto e o Parangolé forem convidados para o próximo Rock In Rio e o PCC for chamado para fazer a segurança eu não vou estranhar.